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1.
Rev. bras. saúde ocup ; 47: e14, 2022. ilus, tab, graf
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS | ID: biblio-1388035

RESUMO

Resumo Objetivo: fornecer uma visão geral das associações entre exposição ocupacional e risco da ocorrência ou morte por câncer. Métodos: esta revisão guarda-chuva da literatura utilizou as bases Medline e Web of Science. A partir de protocolo de busca, foram incluídas metanálises para diversas circunstâncias ocupacionais e cânceres selecionados que possuíssem algum nível de evidência para associação com ocupação. Resultados: foram incluídas 37 metanálises, abrangendo 18 localizações de câncer. Considerando a avaliação da heterogeneidade dos estudos, da qualidade da evidência e da força de associação, obteve-se evidências altamente sugestivas de associações entre exposição a solvente e mieloma múltiplo; amianto e câncer de pulmão; hidrocarbonetos e câncer de trato aerodigestivo superior; e estresse ocupacional e câncer colorretal. Conclusão: há evidências robustas para associar exposições ocupacionais e tipos de câncer não previstos, inicialmente, nas orientações de vigilância do câncer relacionado ao trabalho no Brasil. Permanecem lacunas sobre exposições de grande relevância, que carecem de metanálises mais consistentes, por exemplo, exposição a poeiras inorgânicas e câncer de pulmão e mesotelioma; exposição a solventes e tumores hematológicos. Evidências de câncer em outras regiões anatômicas foram menos robustas, apresentando indícios de incerteza ou viés.


Abstract Objective: to provide an overview of the associations between occupational exposure and risk of occurrence or death from cancer. Methods: this umbrella review used the Medline and Web of Science databases. Based on the search protocol, meta-analysis was included for several occupational circumstances and selected cancers that had some level of evidence associated with the occupation. Results: 37 meta-analysis were included, covering 18 cancer locations. By assessing the heterogeneity of studies, quality of evidence, and strength of association, results highly indicated associations between solvent exposure and multiple myeloma, asbestos and lung cancer, hydrocarbons and upper aerodigestive tract cancer, occupational stress and colorectal cancer. Conclusion: robust evidence shows an association between occupational exposures and types of cancer not initially foreseen in the guidelines for work-related cancer surveillance in Brazil. Gaps in relevant exposures require further research and more consistent meta-analysis, including: exposure to inorganic dust and lung cancer and mesothelioma; solvents and hematological tumors. Evidence of cancer in other anatomical regions was less robust, showing signs of uncertainty or bias.


Assuntos
Humanos , Riscos Ocupacionais , Exposição Ocupacional , Neoplasias/epidemiologia , Literatura de Revisão como Assunto , Medidas de Associação
2.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 29(spe): 3-15, 2021. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1364655

RESUMO

Resumo Introdução A vigilância em saúde é um modelo de atenção à saúde que articula e integra ações em saúde pública. Para tal, é fundamental conhecer os processos de dinâmica populacional que determinam o regime demográfico. Objetivo Descrever a dinâmica populacional nos últimos 15 anos e analisar projeções para os próximos 15 anos. Método Trata-se de estudo ecológico que analisou e projetou dados do Brasil e grandes regiões para o período de 2000 a 2030. Estimaram-se indicadores de estrutura etária, longevidade e padrão e nível de mortalidade, natalidade e fecundidade para o período. Resultados Observa-se no Brasil como um todo que a mortalidade e a fecundidade seguem em declínio, com diferenciais importantes entre as regiões brasileiras. Destacam-se a diferença no ritmo de envelhecimento populacional, a mudança no padrão de fecundidade e a tendência para a mortalidade no período. Ainda, evidencia-se, por meio das projeções, que a curto prazo não se vê redução dessas desigualdades regionais. Conclusão Discutiu-se que a vigilância em saúde precisa integrar as complexas dimensões do processo saúde-doença relacionadas a essas mudanças, construindo políticas públicas intersetoriais que entendam os determinantes sociais da saúde como conformadores do território, no contexto das transições demográfica e epidemiológica.


Abstract Background Health surveillance is a health care model that combines public health actions. To this end, it is fundamental to know the population dynamics processes that determine the demographic regime. Objective To describe the population dynamics in the past 15 years and analyze their projections for the next 15 years. Method This is an ecological study that analyzed and projected data from Brazil as a whole and its regions between 2000 and 2030. Indicators of age structure, longevity, and standard and level of mortality, birth and fertility were estimated for this period. Results In Brazil as a whole, mortality and fertility will continue to decline, with important differences between Brazilian regions. Difference in the rhythm of population aging, change in the pattern of fertility, and trend for mortality in the period are highlighted. The projections also evidence that there will be no reduction in these regional inequalities in the short term. Conclusion It is discussed that health surveillance needs to combine the complex dimensions of the health-disease process related to these changes, building intersectoral public policies that incorporate social determinants of health as territorial conformers in the context of demographic and epidemiological transitions.

3.
Rev Saude Publica ; 51: 92, 2017 Oct 05.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-29020120

RESUMO

OBJECTIVE: Estimate the prevalence of cervical HPV infection among women assisted by the Family Health Strategy and identify the factors related to the infection. METHODS: A cross-sectional study involving 2,076 women aged 20-59 years old residing in Juiz de Fora, State of Minas Gerais, who were asked to participate in an organized screening carried out in units were the Family Health Strategy had been implemented. Participants answered the standardized questionnaire and underwent a conventional cervical cytology test and HPV test for high oncogenic risk. Estimates of HPV infection prevalence were calculated according to selected characteristics referenced in the literature and related to socioeconomic status, reproductive health and lifestyle. RESULTS: The overall prevalence of HPV infection was 12.6% (95%CI 11.16-14.05). The prevalence for the pooled primer contained 12 oncogenic HPV types (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, and 68) was 8.6% (95%CI 7.3-9.77). In the multivariate analysis, it was observed that the following variables were significantly associated with a higher prevalence of HPV infection: marital status (single: adjusted PR = 1.40, 95%CI 1.07-1.8), alcohol consumption (any lifetime frequency: adjusted PR = 1.44, 95%CI 1.11-1.86) and number of lifetime sexual partners (≥ 3: adjusted PR = 1.35, 95%CI 1.04-1.74). CONCLUSIONS: The prevalence of HPV infection in the study population ranges from average to particularly high among young women. The prevalence of HPV16 and HPV18 infection is similar to the worldwide prevalence. Homogeneous distribution among the pooled primer types would precede the isolated infection by HPV18 in magnitude, which may be a difference greater than the one observed. The identification of high-risk oncogenic HPV prevalence may help identify women at higher risk of developing preneoplastic lesions.


Assuntos
Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Doenças do Colo do Útero/epidemiologia , Adulto , Distribuição por Idade , Brasil/epidemiologia , Estudos Transversais , Saúde da Família , Feminino , Humanos , Estilo de Vida , Pessoa de Meia-Idade , Análise Multivariada , Programas Nacionais de Saúde/estatística & dados numéricos , Papillomaviridae/isolamento & purificação , Infecções por Papillomavirus/etiologia , Prevalência , Fatores de Risco , Comportamento Sexual , Fatores Socioeconômicos , Doenças do Colo do Útero/virologia , Adulto Jovem
4.
Rev. saúde pública (Online) ; 51: 92, 2017. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-903258

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE Estimate the prevalence of cervical HPV infection among women assisted by the Family Health Strategy and identify the factors related to the infection. METHODS A cross-sectional study involving 2,076 women aged 20-59 years old residing in Juiz de Fora, State of Minas Gerais, who were asked to participate in an organized screening carried out in units were the Family Health Strategy had been implemented. Participants answered the standardized questionnaire and underwent a conventional cervical cytology test and HPV test for high oncogenic risk. Estimates of HPV infection prevalence were calculated according to selected characteristics referenced in the literature and related to socioeconomic status, reproductive health and lifestyle. RESULTS The overall prevalence of HPV infection was 12.6% (95%CI 11.16-14.05). The prevalence for the pooled primer contained 12 oncogenic HPV types (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66, and 68) was 8.6% (95%CI 7.3-9.77). In the multivariate analysis, it was observed that the following variables were significantly associated with a higher prevalence of HPV infection: marital status (single: adjusted PR = 1.40, 95%CI 1.07-1.8), alcohol consumption (any lifetime frequency: adjusted PR = 1.44, 95%CI 1.11-1.86) and number of lifetime sexual partners (≥ 3: adjusted PR = 1.35, 95%CI 1.04-1.74). CONCLUSIONS The prevalence of HPV infection in the study population ranges from average to particularly high among young women. The prevalence of HPV16 and HPV18 infection is similar to the worldwide prevalence. Homogeneous distribution among the pooled primer types would precede the isolated infection by HPV18 in magnitude, which may be a difference greater than the one observed. The identification of high-risk oncogenic HPV prevalence may help identify women at higher risk of developing preneoplastic lesions.


RESUMO OBJETIVO Estimar a prevalência de infecção do colo do útero pelo HPV entre mulheres assistidas pela Estratégia Saúde da Família e identificar os fatores relacionados à infecção. MÉTODOS Trata-se de estudo transversal, no qual participaram 2.076 mulheres de 20 a 59 anos, residentes em Juiz de Fora, MG, convocadas para rastreamento organizado, realizado em unidades com a Estratégia Saúde da Família implantada. As participantes responderam ao questionário padronizado, realizando exame citológico cervical convencional e teste para HPV de alto risco oncogênico. Foram calculadas estimativas de prevalência de infecção pelo HPV segundo características selecionadas, referenciadas na literatura, relacionadas ao status socioeconômico, saúde reprodutiva e estilo de vida. RESULTADOS A prevalência global de infecção pelo HPV foi 12,6% (IC95% 11,16-14,05). A prevalência para o pooled primer contendo 12 tipos de HPV oncogênicos (31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 66 e 68) foi 8,6% (IC95% 7,3-9,77). Na análise multivariada, observou-se que as seguintes variáveis estavam significativamente associadas a uma maior prevalência de infecção por HPV: estado conjugal (solteira: RP ajustada = 1,40; IC95% 1,07-1,8), consumo de bebidas alcoólicas (qualquer frequência durante a vida: RP ajustada = 1,44; IC95% 1,11-1,86) e número de parceiros sexuais ao longo da vida (≥ 3: RP ajustada = 1,35; IC95% 1,04-1,74). CONCLUSÕES A prevalência de infecção pelo HPV na população estudada varia de média a particularmente alta entre as mulheres jovens. A prevalência de infecção por HPV16 e HPV18 se assemelha às mundiais. Uma distribuição homogênea entre os tipos do pooled primer precederia a infecção isolada pelo HPV18 em magnitude, podendo ser a diferença maior que a observada. A identificação da prevalência de HPV de alto risco oncogênico pode auxiliar na identificação de mulheres sob maior risco de evolução para lesão preneoplásica.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Doenças do Colo do Útero/epidemiologia , Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Papillomaviridae/isolamento & purificação , Comportamento Sexual , Fatores Socioeconômicos , Brasil/epidemiologia , Doenças do Colo do Útero , Saúde da Família , Prevalência , Estudos Transversais , Análise Multivariada , Fatores de Risco , Distribuição por Idade , Infecções por Papillomavirus/etiologia , Estilo de Vida , Pessoa de Meia-Idade , Programas Nacionais de Saúde/estatística & dados numéricos
5.
Rio de Janeiro; s.n; 2015. 148 f p. il, tab.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-906258

RESUMO

O câncer do colo do útero ocasiona 7% dos óbitos por câncer na população feminina brasileira, com taxa de incidência estimada em 15,33/100 mil, sendo a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) causa necessária. O rastreamento com citologia do esfregaço cervical convencional é ação escolhida no Brasil e em outros países para prevenir e controlar o câncer, através da detecção precoce das lesões pré-neoplásicas. Porém, apresenta falhas na cobertura, com desigualdade de acesso, e na qualidade, devido aos problemas nas etapas operacionais, desde a coleta na unidade até a interpretação dos resultados. O rastreamento é oportunístico, e uma alternativa organizada pode ser a utilização de cadastros populacionais, como os disponíveis pela Estratégia Saúde da Família (ESF). A efetividade do rastreamento pode ser aumentada com a incorporação de novas técnicas, destacando-se aquelas de biologia molecular, que testam o HPV nas mulheres, em acréscimo ao rastreamento com citologia ou a substituindo integralmente. O conhecimento acerca dos fatores relacionados à infecção vem sendo ampliado para compreender por que mulheres que se encontram em risco semelhante de transmissão apresentam infecção e outras, não. A inexistência de um sistema de vigilância dos tipos circulantes de HPV prejudica a avaliação do cenário atual, inclusive no que se refere à recente implantação da vacinação contra o HPV no calendário básico de vacinação. Neste estudo, o objetivo foi estimar a prevalência de infecção pelo HPV no grupo de mulheres estudadas, relacionando estes achados aos fatores relacionados à infecção, que podem auxiliar na identificação de mulheres mais vulneráveis à infecção e à presença de lesões pré-neoplásicas. 2062 mulheres da periferia de Juiz de Fora, após serem convocadas para rastreamento, participaram do estudo, desenvolvido em duas unidades com a ESF, tendo respondido a um questionário padronizado, submetidas ao exame citológico cervical convencional e testadas para o HPV com o teste cobas 4800 (Roche). A adesão das mulheres convocadas foi semelhante àquela observada em estudos de outros delineamentos, os quais podem contribuir para o seu entendimento. Foram calculadas estimativas de prevalência de infecção pelo HPV segundo características selecionadas. A prevalência global de infecção pelo HPV foi 12,61%. A análise multivariada por regressão de Poisson com variância robusta mostrou associação estatisticamente significativa para ser solteira, consumir bebida alcoólica e ter três ou mais parceiros sexuais ao longo da vida, com razões de prevalência ajustadas de 1,40, 1,44 e 1,35, respectivamente. A prevalência de lesões precursoras do câncer do colo do útero foi 7,27%. A qualidade do esfregaço, avaliada pela representatividade dos epitélios coletados, mostrou que há variação da prevalência de lesões pré-neoplásicas mediante qualidade do esfregaço, porém, não há variação nos resultados do teste HPV mediante a representatividade celular, achado que consistente com uma sensibilidade maior e possivelmente um melhor valor preditivo positivo. A testagem do HPV mostrou ser útil, especialmente entre mulheres com resultado de citologia normal


Assuntos
Humanos , Saúde da Família , Programas de Rastreamento , Infecções por Papillomavirus , Prevalência , Neoplasias do Colo do Útero , Saúde da Mulher , Brasil , Sistema Único de Saúde
6.
Esc. Anna Nery Rev. Enferm ; 18(4): 593-599, Oct-Dec/2014. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: lil-730471

RESUMO

Analisar a tendência de mortalidade entre homens no Município do Rio de Janeiro, por grupo de causas, entre 1996 e 2011. Métodos: Estudo descritivo de série temporal, utilizando dados de óbitos masculinos de residentes no Município do Rio de Janeiro, no período de 1996 a 2011, para grandes grupos de causas. Os dados foram analisados com os softwares Excel 2010 e Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. Resultados: A tendência da mortalidade por grandes grupos de causas entre homens no Município do Rio de Janeiro está decrescendo, com diferença entre os grupos de causas. Porém, estes homens seguem adoecidos com o passar dos anos. Conclusão: A Política Nacional de Atenção à Saúde do Homem deve estar mais sensível a esta realidade, ofertando uma atenção em saúde capaz de reconhecer mais integralmente as necessidades de saúde desse público...


Assuntos
Humanos , Masculino , Atenção Primária à Saúde/estatística & dados numéricos , Enfermagem em Saúde Pública/estatística & dados numéricos , Epidemiologia/tendências , Mortalidade/tendências , Saúde do Homem/estatística & dados numéricos
7.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 21(3): 289-295, jul.-set. 2013. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-689936

RESUMO

Os Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP) coletam sistematicamente dados de serviços de diagnóstico e tratamento de pacientes por câncer, fornecendo assim dados de incidência de câncer. No Brasil, os primeiros RCBP surgiram em Recife e São Paulo na década de 1960, e atualmente existem 28 distribuídos entre capitais e demais cidades pelo país. O objetivo do estudo é Analisar a tendência das taxas de incidência do câncer do colo do útero com base nos dados de RCBP selecionados. Foram acessados os dados disponibilizados no site do Instituto Nacional de Câncer (INCA) dos RCBP de Fortaleza, Porto Alegre, Recife e São Paulo, para obtenção do número de casos para neoplasia maligna do colo do útero, neoplasia do útero porção não especificada e carcinoma in situ do colo do útero por idade. Foram utilizados os denominadores populacionais informados pelo Ministério da Saúde (Datasus). Foram calculadas as taxas específicas por idade para os grupos etários estratificados de 25 a 34, 35 a 49 e 50 a 59 anos. A tendência foi analisada por regressão polinomial. Os períodos com informações disponíveis de 1990 a 2004 variaram de 7 a 13 anos. A análise gráfica mostrou menor regularidade para Recife. A tendência de incidência para o câncer do colo do útero foi declinante e pode ser, parcialmente, explicada em função do tempo entre mulheres de 35 a 59 anos em Fortaleza (CID-10 C53: 35 a 49 anos ß=-9.11, p<0,001 e 50 a 59 anos ß=-4.53, p=0.02) e São Paulo (CID-10 C53: 35 a 49 anos ß=-4.83, p=0.04 e 50 a 59 anos ß=-4.49, p<0.001). A tendência de incidência de câncer de útero - porção não especificada - mostrou decréscimo entre mulheres de 35 a 59 anos na cidade de Porto Alegre (35-49 anos: p=0.032; 35 a 49 anos: p=0.004 ). A análise da tendência do carcinoma in situ do colo do útero foi crescente em todas as cidades e grupos etários estudados, com exceção de Recife. A regularidade e a cobertura dos RCBP podem interferir na qualidade das estimativas de incidência, porém mesmo com essas limitações, as informações geradas por eles podem ser relevantes para o monitoramento do câncer. A queda observada do câncer invasor e o crescimento do carcinoma in situ em Porto Alegre e Fortaleza podem indicar resultados positivos das ações de rastreamento para o câncer do colo do útero nessas cidades.


Cancer Registries Population-Based (RCBP) systematically collect data on diagnostic services and treatment of cancer patients thus providing data on cancer incidence. In Brazil, the first PBCR appeared in Recife and São Paulo in the 1960s, and currently there are 28 distributed between capital and other cities across the country. The aim of the study was to analyze trends in incidence rates of cancer of the cervix based on the data selected PBCR. We accessed the data available at the site of the National Cancer Institute (NCI) of the PBCR of Fortaleza, Porto Alegre, Recife and Sao Paulo to obtain the number of cases for malignant neoplasm of the cervix, cancer of the uterus and unspecified part carcinoma in situ of the cervix by age. We used population denominators informed by the Ministry of Health (Datasus). We calculated age-specific rates for age groups stratified were 25-34, 35-49 and 50-59 years. The trend was analyzed by polynomial regression. Periods with information available from 1990 to 2004 ranged from 7 to 13 years. The graphical analysis showed less regularity to Recife. The trend of incidence for cancer of the cervix has been declining and may be partly explained as a function of time among women 35 to 59 years in Fortaleza (ICD-10 C53: 35 to 49 years ß=-9.11, p<0.001 and 50 to 59 years ß=-4.53, p=0.02) and São Paulo (ICD-10 C53: 35 to 49 years ß=-4.83, p=0.04 and 50 to 59 years ß=-4.49, p<0.001). The trend of incidence of cervical cancer - unspecified part - showed decrease among women 35 to 59 years in Porto Alegre (35 to 49 years: p=0.032; 35-49 years: ß=-1.74, p=0.004). The trend analysis of carcinoma in situ of the cervix has been increasing in all cities and age groups studied, with the exception of Recife. The frequency and coverage of the PBCR can interfere with the quality of the estimates of incidence, but even with these limitations, the information generated by them may be relevant to the monitoring of cancer. The observed decrease of invasive cancer and carcinoma in situ growth in Porto Alegre and Fortaleza may indicate positive results of the actions of screening for cancer of the cervix in these cities.

8.
Rev. saúde pública ; 44(5): 963-974, oct. 2010. ilus, tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-558938

RESUMO

OBJETIVO: Analisar a prevalência de infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) em mulheres no Brasil. MÉTODOS: Revisão sistemática que incluiu artigos recuperados em busca livre nos portais PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde, em abril/2009, utilizando-se os termos "human papillomavirus", "HPV", "prevalence" e "Brazil". Dos 155 artigos identificados, 82 permaneceram após leitura de título e resumo e foram submetidos à leitura integral, sendo selecionados 14 artigos. RESULTADOS: Os artigos sobre o tema foram publicados entre 1989 e 2008. Os 14 artigos representaram estudos de quatro regiões brasileiras (Sudeste 43 por cento, Sul 21,4 por cento, Nordeste 21,4 por cento e Norte 7,1 por cento). Nove artigos relatavam estudos transversais. Em oito utilizaram-se técnicas moleculares para tipagem do HPV e em sete deles utilizou-se captura híbrida para detecção do HPV. As populações estudadas variaram de 49 a 2.329 mulheres. A prevalência geral de infecção do colo do útero pelo HPV variou entre 13,7 por cento e 54,3 por cento, e para as mulheres com citologia normal, variou entre 10,4 por cento e 24,5 por cento. Quatro estudos relataram os tipos de HPV mais freqüentes, segundo resultado de citologia. CONCLUSÕES: As técnicas de citologia disponíveis resultam em diversas classificações e estimativas de prevalência do HPV. Contudo, considerando separadamente os estudos segundo a técnica utilizada, observa-se que a prevalência do HPV tem aumentado. O HPV16 foi o tipo mais freqüente entre as mulheres, independentemente do resultado de citologia. A concentração dos estudos na região Sudeste do País, especialmente nas regiões metropolitanas, mostra que investigações adicionais serão necessárias para aumentar a abrangência das informações disponíveis sobre as mulheres brasileiras.


Assuntos
Humanos , Feminino , Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/prevenção & controle , Revisão
9.
Rev Saude Publica ; 44(5): 963-74, 2010 Oct.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-20877926

RESUMO

OBJECTIVE: To assess the prevalence of human papillomavirus (HPV) infection in women in Brazil. METHODS: A systematic literature review was conducted with an active search in PubMed and Virtual Health Library databases using the terms "human papillomavirus," "HPV," "prevalence," and "Brazil". Of 155 articles retrieved, 82 were selected after reading their title and abstract. After a thorough examination, 14 articles were included in the study. RESULTS: The 14 articles selected were published between 1989 and 2008 and comprised studies from four Brazilian macroregions (Southeast - 43%; South - 21.4%; Northeast - 21.4%; and North - 7.1%). Nine were cross-sectional studies. Eight articles used polymerase chain reaction and seven used hybrid capture for HPV detection. The study samples ranged from 49 to 2,329 women. The overall prevalence of HPV cervical infection was between 13.7% and 54.3%; and women with cytologically normal results had 10% to 24.5% prevalence of HPV cervical infection. Four articles described the most common HPV types. CONCLUSIONS: The cytology techniques available use different classifications leading to different HPV prevalence estimates. However, considering the studies individually according to the detection technique used, the HPV prevalence has increased. HPV16 was the most prevalent type among women, regardless of the cytology result. The concentration of studies in the Southeast region, especially in metropolitan regions, evidences that further investigations are needed to improve information coverage of Brazilian women.


Assuntos
Infecções por Papillomavirus/epidemiologia , Brasil/epidemiologia , Técnicas Citológicas , Estudos Epidemiológicos , Feminino , Humanos , Hibridização In Situ , Infecções por Papillomavirus/patologia , Infecções por Papillomavirus/virologia , Prevalência
10.
Rio de Janeiro; s.n; 2009. 86 p.
Tese em Português | LILACS | ID: lil-545043

RESUMO

O câncer do colo do útero é responsável por 7 por cento do total dos óbitos por câncer entre a população feminina brasileira e tem uma incidência estimada de 20/100 mil para todo o país. Evidências científicas comprovam que o papilomavírus humano (HPV) é causa necessária para a ocorrência deste tipo de câncer. Ações de prevenção e controle recomendadas têm se baseado no conhecimento sobre a epidemiologia da doença. Os estudos realizados no Brasil sobre a prevalência da infecção por HPV disponíveis na literatura têm características variadas que ainda não foram analisadas em conjunto e de modo sistematizado. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática dos artigos sobre prevalência do HPV em mulheres brasileiras considerando as prevalências globais e entre aquelas com exame citológico cervical normal. Foram selecionados todos os artigos após busca nas bases de dados Medline e BVS, tomando-se como termos “human papillomavirus”, “HPV”, “prevalence” “Brazil”. Entre 1989 e 2008, foram selecionados 155 artigos, sendo 133 nas bases de dados e 22 referências secundárias. Após leitura de título e resumo, 82 artigos foram incluídos, e a seguir submetidos à leitura integral dos textos, sendo enfim selecionados 14 artigos, os quais representaram estudos de quatro grandes regiões brasileiras (Sudeste – 43,0 por cento, Sul – 21,4 por cento, Nordeste –21,4 porcento e Norte – 7,1 por cento). Em sua maioria (64,5 por cento), trata-se de artigos que relatam desenho transversal. Com referência ao método de identificação do HPV nas mulheres, em oito (57,1 por cento dos artigos, há relato do emprego de PCR para tipagem do HPV e, em sete (50,0 por cento) artigos, houve emprego de HC para detecção do HPV. As amostras variaram de 49 a 2329 mulheres. A prevalência global de infecção do colo do útero pelo HPV variou entre 13,7 e 54,3 por cento, e para as mulheres com citologia normal, a prevalência de infecção pelo HPV no colo do útero varia entre 10 e 24,5 por cento...


Assuntos
Humanos , Feminino , Biologia Celular , Neoplasias do Colo do Útero/diagnóstico , Neoplasias do Colo do Útero/epidemiologia , Neoplasias do Colo do Útero/prevenção & controle , Papillomaviridae , Prevalência , Esfregaço Vaginal
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